Alta taxa de desemprego faz jovens adiarem formatura para não perderem estágios

Compartilhar:

O nível de desemprego alto no Brasil pós-golpe tem levado os jovens universitários a atrasar a formatura nas universidades a fim de prologar os contratos de estágio. Os jovens têm adotado essa prática porque estão com medo de se tornarem um dos 13 milhões de desempregados no Brasil de hoje. Diante da profunda crise econômica enfrentada pelo país, a precarização aumenta e as empresas preferem manter estagiários ocupando cargos que deveriam ser ocupados por jovens formados.

Segundos o IBGE, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos estava em 26,6% no segundo trimestre de 2018. No passado, muitos estudantes preferiam esperar por um emprego efetivo com salário melhor, mas a taxa de desemprego entre os jovens em idade de formação é mais do que o dobro da média brasileira, que girou em torno de 12,4% no segundo trimestre de 2018, de acordo com o IBGE.

O número de subocupados e a força de trabalho potencial (que inclui os chamados desalentados, aqueles que desistiram de procurar por emprego) batendo recorde preocupam ainda mais os jovens universitários. Entre os mais novos, a taxa de subutilização chega a quase 41%, contra 24,6% da média geral. Dos 4,8 milhões de desalentados no país no segundo trimestre, 1,085 milhão têm entre os 18 e 24 anos.

Dos 48,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos de idade no Brasil, mais da metade (25,2 milhões) não havia concluído o ensino superior nem frequentava escola, curso, universidade ou qualquer outra instituição regular de ensino. Além disso, 21,7% dos jovens de 15 a 29 anos não estudavam nem trabalhavam em 2017.

As informações são do módulo Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgadas dia 28/08 pelo IBGE.

Em seu próximo mandato, Luiz Inácio Lula da Silva mudará esse cenário e devolverá aos jovens a possibilidade de sonhar. Um dos eixos principais de seu Plano Emergencial de Emprego é voltado para a geração de empregos para as juventudes. Além disso, a educação voltará a ser prioridade com a nova reforma do ensino médio e a valorização do ensino superior e da pesquisa científica no país.

Com informações da Folha de S. Paulo e Agência de Notícias do IBGE