Industrial Naval pede retomada de conteúdo nacional para gerar mais empregos

Compartilhar:

O ex-presidente da Petrobrás e coordenador-geral da campanha de Lula à Presidência, José Sérgio Gabrielli participou na manhã desta terça-feira (17) de um encontro com representantes da indústria naval de vários estados para discutir as políticas para o setor. “A indústria foi desmontada pela lava jato. O efeito desta operação é devastador para o setor”, afirmou.  
“A indústria naval chegou a gerar 80 mil empregos diretos, e hoje, sobretudo no estado do Rio de Janeiro, está dizimada”, concordou o presidente do Sinaval, Ariovaldo Santana da Rocha.  Para ele, a retomada da política de conteúdo local é fundamental para a recuperação das vagas no setor.

Para Gabrielli, é preciso regulamentar o lobby das empresas do setor. “É preciso dar mais transparência e clareza na ação de lobbies de empresas, de forma a dissipar essa imagem de que toda relação entre empresas e fornecedores é uma relação criminosa. É importante um ambiente regulatório que torne a relação entre fornecedores e compradores mais transparente. Tudo isso só é possível num ambiente político favorável. A nosso ver, sem a intervenção do estado, o mercado não irá fazer a recuperação do setor”, disse.

A pré-candidata ao governo do estado do Rio de Janeiro pelo PT, a professora de filosofia e escritora Marcia Tiburi, que também participou do encontro, destacou o desemprego como a mais urgente. “Precisamos propor uma outra história, um outro futuro para o estado do Rio. Não temos solução mágica, mas precisamos de saídas urgentes para problemas absolutamente urgentes. É preciso pensar em políticas de médio e longo prazo, mas a questão do desemprego é para nós a questão mais urgente, com o crescimento acelerado da pobreza no estado”, disse.
 
Marcia destacou ainda que é preciso politizar o debate econômico e restabelecer como prioridades a redução da desigualdade e a criação de emprego. “Esse enfrentamento vai exigir de nós muita criatividade e diálogo entre os vários setores para a recriação de cadeias produtivas, nunca esquecendo a centralidade do setor de petróleo e gás para a economia do estado. Nossa pré-campanha já é um ensaio de governo baseado no diálogo”.